6.29.2010

Oasis - Time Files... 1994 - 2009

O Oasis lançou uma coletânea de singles no último dia 14 de junho. O disco, intitulado “Time Files...1994 – 2009”, traz canções dos sete álbuns do grupo, mais as músicas “Whatever”, lançada apenas como single no final do ano de 1994 e “Lord don`t Slow me Down”, também lançada apenas como single em outubro de 2007. Dois singles ficaram de fora da versão inglesa da coletânea: “Champagne Supernova”, lançado em maio de 1996, que aparece apenas na versão americana; e “Don`t go Away”, lançado em fevereiro de 1998, do disco Be Here Now e que aparece em uma versão estendida de 12 minutos na versão japonesa.
Vale lembrar que todos os discos do OASIS alcançaram o topo das paradas britânicas, são eles: “Definitely Maybe” (1994), “(What’s The Story) Morning Glory?” (1995), “Be Here Now” (1997), “Standing On The Shoulder Of Giants” (2000), “Heathen Chemistry” (2002), “Don’t Believe The Truth” (2005) e “Dig Out Your Soul” (2008).
Durante os 15 anos de carreira, o Oasis lançou 26 singles, sendo que 23 alcançaram o top 10 na Inglaterra, dentre estas, oito alcançaram o topo das paradas inglesas.
A Compilação também foi lançada em uma versão deluxe, que contará com um DVD com os vídeos da banda e uma apresentação do grupo no London Roundhouse, no dia 21 de julho de 2009.
Esta é a segunda coletânea do Oasis, que lançou em 2006 “Stop the Clocks”, que não agradou muito o grupo e, segundo Noel Gallagher, foi lançada apenas para encerrar o contrato do grupo com a gravadora Sony BMG Music Entertainment. “Time Files...” estreou em primeiro lugar nas paradas inglesas e se tornou o oitavo disco do Oasis a atingir esta posição.
O Oasis encerrou as atividades no dia 28 de agosto de 2009, após uma briga entre os irmãos Liam e Noel Gallagher no backstage de um show na França, que terminou com uma guitarra de Noel quebrada por Liam. Desde então os irmãos não se falam. Noel tem planos de gravar um disco solo, enquanto Liam formou uma banda com os outros integrantes do Oasis, o baterista Chris Sharrock e os guitarristas Gem Archer e Andy Bell, com o nome de Beady Eye. O primeiro single está previsto para ser lançado no próximo mês de Outbro.
O tracklist do disco será o seguinte:
CD - 1
01 - Supersonic
02 - Roll With It
03 - Live Forever
04 - Wonderwall
05 - Stop Crying Your Heart Out
06 - Cigarettes & Alcohol
07 - Songbird
08 - Don’t Look Back In Anger
09 - The Hindu Times
10 - Stand By Me
11 - Lord Don’t Slow Me Down
12 - Shakermaker
13 - All Around The World

CD - 2
01 - Some Might Say
02 - The Importance of Being Idle
03 - D’You Know What I Mean?
04 - Lyla
05 - Let There Be Love
06 - Go Let It Out
07 - Who Feels Love?
08 - Little By Little
09 - The Shock Of The Lightning
10 - She Is Love
11 - Whatever
12 - I’m Outta Time
13 - Falling Down
14 – Sunday Morning Call

6.22.2010

NOFX - The Longest EP


No dia 17 de agosto chegará às lojas de discos dos EUA, nos formatos CD e Vinil duplo, o álbum "The Longest EP", do NOFX. O disco é uma coletânea com 30 músicas, gravadas entre os anos de 1987 e 2009.
As músicas foram retiradas, principalmente, de EP`s, mas o álbum contará também com raridades, faixas inéditas e outras que estão fora de catálogo.
Esta não é a primeira coletânea que o NOFX lança reunindo este tipo de material. Em 2002 eles lançaram o disco "45 Or 46 Songs That Weren't Good Enough To Go On Our Other Records"

Confira abaixo o track list e a capa de "The Longest EP":

1: The Death of John Smith
2: The Longest Line
3: Stranded
4: Remnants
5: Kill All the White Man
6: I Wanna Be an Alcoholic
7: Perverted
8: My Name Is Bud
9: Hardcore 84
10: War on Errorism Commercial
11: 13 Stitches (Acoustic)
12: Glass War
13: Jaw Knee Music
14: Concerns of a GOP Neo-phyte
15: Golden Boys
16: You’re Wrong
17: Everything in Moderation (Especially Moderation)
18: I’m Going to Hell for This One
19: I’ve Become a Cliché
20: Cokie the Clown
21: Straight Outta Massachusetts
22: Fermented and Flailing
23: Codependence Day
24: My Orphan Year (Acoustic)
25: S&M Airlines (7” version)
26: Dueling Retards
27: On the Rag
28: A200 Club
29: Shut Up Already
30: The Punk Song

6.17.2010

Crônica - Grajaú. Um Bairro de Encantos


Grajaú. Pequeno bairro da Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro. Bairro pouco conhecido da grande maioria dos cidadãos cariocas, mas um bairro que encanta, que deixa maravilhada as pessoas que visitam. Quem o conhece, sempre quer voltar, ou, até mesmo, morar.
Grajaú. Bairro projetado, com muitas casas e árvores, calmo e com clima de paz e tranqüilidade. Características que nos remetem as pequenas cidades interioranas brasileiras. No passado, podia-se ver as crianças correndo e brincando nas ruas até altas horas da noite. Havia uma amizade entre grande parte dos moradores, que sempre quando se cruzavam nas ruas, paravam para trocar uma idéia e jogar conversa fora. Quem era de fora, acabava se contagiando com tanta harmonia e felicidade.
Hoje, assim como muitos outros bairros da Cidade Maravilhosa, o Grajaú também perdeu um pouco deste encanto, desta felicidade. A violência tirou as crianças das ruas, que agora não correm mais atrás da bola, não brincam mais de piques. Agora vivem dentro de seus apartamentos, brincando no computador ou no videogame. Algumas vezes brincam nos playgrounds dos prédios, espaço que substitui, muito mau, as ruas, nestes tempos modernos (ou será que são contemporâneos?).
Também poucos são os adultos que param nas ruas para conversar. Quando cruza-se com alguém conhecido, há apenas um comprimento e uma pergunta, meramente formal - está tudo bem? – que muitas vezes acaba ficando sem resposta, pois o amigo já está do outro lado da rua. Mas também, quem quer “dar mole para o azar”, correr o risco de ser assaltado, de perder dinheiro, celular, documentos para qualquer “vagabundo”?
Mas, amigo leitor, a violência não é uma característica exclusiva do Grajaú, como já foi dito acima. Ela também desvalorizou outros belos bairros do Rio de Janeiro. Também fez com que eles perdessem um pouco do encanto e da harmonia que possuíam.
E ai, meu amigo, que vemos o quanto os moradores são importantes para a preservação da essência e da beleza natural de um bairro. O quanto são responsáveis pela manutenção e preservação dos hábitos, costumes, enfim, da identidade de um bairro. É por causa dos moradores que muitos dos encantos do Grajaú ainda podem ser encontrados em suas praças e ruas.

6.05.2010

CBGB & OMFUG: O Berço do Punk Rock

No dia 15 de Outubro de 2006, Patti Smith realizou o último show da história do CBGB & OMFUG (Country, bluegrass, blues and Other Music For Uplifting Gormandizers), lendário bar localizado no bairro do Bowery, em Nova York. Hilly Kristal, dono do CBGB, lutava contra o despejo desde 2005, devido a falta de pagamento do aluguel do espaço.
Naquela época, Bowery era considerado um bairro decadente da ilha de Manhattan povoado por mendigos e prostitutas. Mas hoje, é um local mais valorizado, com aluguéis mais caros e pessoas mais chiques, o que fez com que os proprietários dos prédios passassem a cobrar aluguéis com valores muito mais elevados dos que eram cobrados no início da década de 70.
Pessoas importantes para a história da casa, como Tommy Ramone, Debbie Harry do Blondie e Steven Van Zandt, guitarrista do Bruce Springsteen, chegaram a criar, em 2005, uma campanha chamada Save The CBGB, com o objetivo de tentar arrecadar fundos para ajudar Kristal a pagar as dívidas. Infelizmente não deu certo e uma era chegou ao fim. A casa foi o palco onde surgiram nomes como Ramones, Blondie, Talking Heads e Television. O CBGB pode ser considerado o berço do punk rock e da new wave americanos.
A última semana do clube foi marcada com uma série de apresentações de bandas que começaram suas carreiras realizando shows no local. Os primeiros foram do Bad Brains, grupo de hardcore formado no final da década de 70, formado exclusivamente por negros. O Bad Brains é originário de Washington D.C, mas se mudou para New York no início da década de 80, onde realizaram diversos shows pelos bares da cidade, incluindo o CBGB. Eles tocaram nos dias 9, 10 e 11, ao lado do Avail, Bouncing Souls, Underdog e Stimulators.
Na sexta, sábado e domingo os shows foram dos grupos que começaram suas carreiras na mesma época que o CBGB surgiu. Na sexta, a principal atração foi o The Dictators, que também tocaram no sábado, mas como coadjuvantes da apresentação acústica de Debbie Harry e Chris Stein, ambos do Blondie. No domingo e último dia de shows, Patti Smith foi a principal atração e teve participações especiais de Flea, do Red Hot Chilli Peppers, e Richard Lloyd, do Television. Patti fugiu um pouco da filosofia da casa, e tocou clássicos que fizeram a história do CBGB como: The Tide is High, do Blondie, Sonic Reducer, dos Dead Boys e um medley de músicas dos Ramones.
O CBGB & OMFUG surgiu no início da década de 70, mais precisamente no ano de 1973 e tinha como principal objetivo ter shows de Country, bluegrass e blues, como sugere o próprio nome. Hilly Kristal só permitia shows de grupos que tocassem músicas próprias e, com o passar do tempo, passou a apostar nas bandas que estavam surgindo em Nova York. Elas tinham uma sonoridade mais primitiva, um som mais direto e cru, diferente do que rolava no início da década de 70, em que as bandas mais famosas estavam em uma onda mais psicodélica e progressiva.
No início, o público dos shows era formado, na grande maioria, por músicos que tocariam no mesmo dia. Os shows dessas bandas eram semanais e Hilly teve a idéia de realizar alguns festivais com esses grupos que estavam sempre tocando no bar. Com isso, aos poucos, o público foi crescendo e algumas apresentações passaram a ter lotação esgotada.
O Television se tornou o primeiro grupo dessa geração punk e new wave de Nova York a tocar no CBGB, quando realizaram um show em março de 74. No mês de agosto foi a vez do Angel & the Snakes, fazer a sua estréia no local. Mais tarde eles passariam a ser conhecidos como Blondie e se tornariam um dos principais grupos da new wave americana.
Foi neste mesmo mês de agosto, no dia 16, que os Ramones fizeram sua primeira apresentação no CBGB, surgindo como algo totalmente novo e diferente do que estava rolando musicalmente na época. Os Ramones foram a principal banda a levar o clube a ter a importância que tem nos dias de hoje. As históricas apresentações dos quatro garotos de Forest Hills, no Queens, atraíam cada vez mais público para os shows, chamando ainda mais a atenção para aquela nova cena musical que nascia em Nova York.
Para muitos, os shows mais lendários no CBGB naquela época foram os dos Ramones. As músicas raramente passavam dos dois minutos e, conseqüentemente, as apresentações eram muito curtas, o que obrigava a eles terem que repetir algumas músicas durante o set. Outro fator marcante era a pouca sincronia entre os acordes que cada integrante tocava e a semelhança entre as músicas. O que permitia saber o fim de uma canção e o começo de outra era a clássica contagem do one, two, three, four, eternizada por Dee Dee Ramone. As constantes discussões no palco para decidirem qual seria a próxima canção também fazia parte das apresentações do grupo.
No início da década de 80, a cena que manteve o clube vivo foi o hardcore underground de Nova York, com bandas como Bad Brains, Agnostic Front, Sick Of It All, Gorilla Biscuits e Youth of Today. Nessa época havia uma matinê aos domingos e que era conhecida como Trash Day. A festa começava à tarde e terminava antes das 10 horas da noite. Os ingressos eram sempre muito baratos.
Mas no final dos anos 80 a casa deixou de realizar shows de hardcore e punk por causa da extrema violência dentro e fora dos shows. O que fez com que se abrisse um espaço maior para bandas de rock alternativo como Sonic Youth e Living Colour, que também fizeram apresentações memoráveis por lá.
A partir dos anos 90, o CBGB passou a abrir espaço para todos os estilos musicais, sem apresentar nenhum tipo de regra para permitir ou não o show de um determinado grupo. Mas mesmo assim, o público e as bandas de hardcore e punk rock continuaram a serem os principais freqüentadores da casa até o último show realizado no dia 15 de Outubro.
Após o fechamento do CBGB & OMFUG, na 315 Bowery, na Bleecker street, em Manhattan, Hilly Kristal pretendia levar o bar para Las Vegas. Mas ele veio a falecer no dia 28 de agosto de 2007, fato que decretou também o fim da história de um dos maiores templos sagrados do Rock. Foram 33 anos valorizando a originalidade e criatividade dos músicos, e não apenas a técnica. O CBGB & OMFUG foi um bar que, originalmente, não pretendia ter qualquer tipo de ligação com o Rock, mas que acabou sendo um dos principais responsáveis por levar ao público bandas que iriam revolucionar a indústria musical da segunda metade da década de 70. O CBGB tinha o espírito punk, ates mesmo de o termo definir toda uma forma de cultura seguida por milhares de pessoas em todo o mundo.